quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

O verbo Ler

Ler é um verbo que não suporta o imperativo, é um direito tal como nós não somos obrigados a gostar nem a ler. Uns dizem que ler ajuda o espírito, outros dizem que lhes dá sono. Eu, pessoalmente ler a maior parte das vezes dá-me sono. Acho que o mais importante na vida é gostar do que se faz, faz-nos felizes.A felicidade é algo essencial.

Direitos do leitor:

- O direito de não ler.
- O direito de saltar páginas.
- O direito de não terminar um livro.
- O direito de reler.
- O direito de ler qualquer coisa.
- O direito ao bovarismo (doença textualmente transmíssivel).
- O direito de ler em qualquer lugar.
- O direito de ler uma frase aqui e outra ali.
- O direito de ler em voz alta.
- O direito de se calar.
« O verbo ler não suporta o imperativo. É uma adversão que compartilha com os outros: o verbo amar... o verbo sonhar...»

Carta ao Sr Presidente da Repúlica

Exmo Senhor Presidente da República Venho por este meio informá-lo que continuam a haver descargas poluentes no Rio Lis(rio da região). Este é um problema que se vem agravando já a alguns anos e que não é resolvido. Gostaria que vossa excelência alertasse as autoridades competentes para o facto deste problema existir e nessecitar de uma solução que não prejodique o meio ambiente. Quando chega o Verão, a Praia da Vieira de Leiria, é constantemente bombardiada por detritos nojentos que impedem a população de a utilizar sem problemas. Há que prevenir a Natureza, por isso agradecia que pensasse neste assunto com alguma seriedade, pois também muitas espécies de seres-vivos morrem numerosamente devido á poluição do Rio Lis.

Atenciosamente,
Hugo Pires
Vieira de Leiria, 6 Dezembro de 2007

Barco sem Âncora de José Loureiro Botas

Quatro Olhinhos Vivos



Crespa, a velha, é uma velhinha que desesperadamente tenta recuperar a sua visão, face aos problemas que tem tido últimamente. A sua neta morreu á pouco tempo e neste momento ela não tem ninguem que a guie. Numa certa manhã, Crespa abriu a porta de casa e deparou-se com uma grande notícia, a velha via tudo, via os amigos, as casas, tudo. Ao longo de todos estes anos de cega, tinha perdido muito tempo da sua vida a rezar pela sua sua Santa Luísa, padroeira dos ceguinhos, chegando mesmo a fazer uma promessa. Se a santa lhe desse a vista, ela em troca dos seus olhos mortos, lhe daria quatro olhinhos vivos.Por isso concluio que tinha sido um milagre.Como prometido, Crespa foi á capela pagar a sua promessa, retirando do seu chaile, um lindo casal de pombos olhando ternamente a padroeira dos cegos, na amorosa expressão dos seus quatro olhinhos vivos.Esta história relata-nos as crenças e convicções, adquiridas pelo nosso povo ao longo dos tempos e que continuam a persistir em muitos locais do nosso país. Na minha opinião, o texto está bem construído, e ajuda-nos a reflectir e a concluir, que cada um de nós deve guiar-se pelo seu próprio caminho, naquilo que acredita, e só assim poderemos ser felizes.